Para nos comunicarmos hoje, em um mundo globalizado, o domínio de um segundo idioma é indispensável. Um dos reflexos dessa necessidade é a popularização das escolas de educação básica que oferecem alguma modalidade de ensino bilíngue.
Dados da Associação Brasileira de Ensino Bilíngue (Abebi) mostram que, nos últimos 5 anos, esse mercado cresceu até 10% no país, chegando a cerca de 1200 escolas bilíngues espalhadas pelo território nacional.
Mas… será que todas essas escolas oferecem um ensino bilíngue de verdade? E de que forma o ensino bilíngue se diferencia dos tradicionais cursinhos de idiomas? Te contamos tudo neste post, confira!
Por que falar uma segunda língua?
Hoje em dia, aprender outro idioma não é mais necessidade exclusiva de executivos de grandes multinacionais. Falar uma segunda língua é essencial para se comunicar efetivamente em um mundo globalizado.
Nesse cenário, o inglês se destaca por ser uma língua franca, utilizada para comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades – e não apenas falantes nativos do inglês. Inclusive, o inglês tem 450 milhões de falantes nativos no mundo, enquanto outras 750 milhões de pessoas utilizam o idioma como língua universal.
Uma situação que ilustra bem esse uso do idioma é a seguinte: em uma viagem para a China, um brasileiro provavelmente irá utilizar o inglês para se comunicar com os habitantes daquele país, embora essa não seja a língua materna de nenhum deles. O mesmo acontece quando recebemos turistas alemães ou suíços no Brasil, por exemplo.
Esse é o poder da língua inglesa no mundo globalizado – ela está presente em diferentes esferas sociais, que ainda vão muito além do turismo e dos ambientes corporativos. Filmes, músicas, produções acadêmicas, trabalhos científicos, linguagens de programação de computadores… o inglês permeia mais ambientes do que imaginamos.
Isso explica por que é tão importante que o ensino da língua inglesa esteja presente nas escolas brasileiras, e também explica por que o número de escolas que oferecem um ensino bilíngue cresce cada vez mais.
O que é ensino bilíngue (de verdade)?
O mercado educacional já identificou a necessidade de promover o ensino de inglês para crianças e adolescentes há algum tempo. Esse movimento pode ser percebido desde a popularização dos cursos de inglês – e se torna ainda mais evidente com o aumento do número de escolas que oferecem o ensino bilíngue no país.
Mas nem todas as escolas que dizem oferecer ensino bilíngue realmente o fazem. Ao contrário dos cursos de inglês, onde o idioma é apenas uma adição ao currículo escolar, o ensino bilíngue de verdade busca inserir o ensino da língua em diferentes contextos educacionais e sociais.
Apenas oferecer a disciplina de língua inglesa na escola não é o suficiente para proporcionar um ensino bilíngue de verdade. Aumentar a carga horária dessa disciplina tampouco soluciona a questão. Se o aluno não utiliza o idioma em nenhum outro contexto fora da aula de inglês, como ele pode encontrar sentido em aprender?
O ensino bilíngue de verdade é aquele que insere o inglês de forma natural e efetiva na rotina do aluno, se beneficiando da comunidade de aprendizagem. Isso significa inserir a prática do idioma em diferentes contextos e momentos, como no aprendizado de outras disciplinas, em outros ambientes da escola, nos momentos de lazer e socialização, em casa com a família etc.
Inserir o inglês nas atividades do dia a dia e envolver a comunidade de aprendizagem são as chaves para uma aprendizagem significativa.
Ensino internacional ou ensino bilíngue: Qual é a diferença?
Muitas pessoas confundem os conceitos de ensino internacional e ensino bilíngue mas, na realidade, são propostas bastante diferentes.
Em geral, instituições que oferecem um ensino internacional lecionam todas as disciplinas – total ou parcialmente – em outro idioma. Além disso, elas costumam seguir o currículo e calendário escolar do país estrangeiro de origem.
Já o foco do ensino bilíngue é proporcionar o aprendizado de um segundo idioma, sem reduzir a importância da língua materna e atendendo integralmente às diretrizes educacionais brasileiras.
Quais os benefícios do ensino bilíngue?
Além de preparar crianças e adolescentes para se comunicarem em uma cultura global, o ensino do inglês traz diversas outras vantagens para a aprendizagem dos alunos. Conheça a seguir os principais benefícios do ensino bilíngue!
- Estimula a criatividade e a habilidade de conectar diferentes conhecimentos.
- Trabalha aspectos do desenvolvimento cognitivo, social e emocional.
- Exercita as habilidades de lógica, interpretação e compreensão.
- Melhora a capacidade de organização mental e a concentração.
- Desenvolve as habilidades relacionadas à fala, leitura e escrita.
- Exercita a capacidade de tomada de decisões.
- Aumenta o interesse e engajamento nas outras disciplinas.
- Possibilita a comunicação com pessoas de diferentes nacionalidades.
- Abre portas para novas experiências acadêmicas e profissionais no futuro.
E os benefícios do ensino bilíngue não são apenas para os alunos. Os professores da escola precisam se qualificar constantemente para inserir o inglês na rotina escolar, gerando uma cultura de troca de experiências e aprendizado contínuo na escola.
Também é vantajoso para a instituição, que ganha um enorme diferencial ao oferecer o ensino bilíngue. Esse diferencial pode, inclusive, ser muito útil na estratégia de captação de alunos da instituição!
Existe um momento certo para aprender inglês?
Uma dúvida comum das escolas e das famílias é: “Qual a melhor fase para introduzir o ensino bilíngue?” A verdade é que não existe uma regra que determina a melhor idade para iniciar o ensino de uma segunda língua.
No entanto, quanto mais cedo as crianças são expostas ao aprendizado de uma nova língua, mais rápido e eficaz é este aprendizado. Assim como na apropriação da língua materna, o ser humano já é capaz de captar e reconhecer sons desde o ventre.
“Quer dizer que é possível ensinar inglês para bebês?”
É isso mesmo! É claro que esse aprendizado não se traduz em fluência logo no primeiro momento – pelo motivo óbvio de que muitos bebês sequer têm a habilidade de fala desenvolvida quando começam a ir para a escola.
Assim como acontece com a língua materna, no ensino bilíngue a criança passa pelo processo de reconhecer os sons na língua estrangeira, até começar a imitá-los, relacionar esse aprendizado a outros conhecimentos e, finalmente, se expressar com fluência nas duas línguas.
Portanto, quanto antes as crianças foram expostas ao aprendizado de um novo idioma, maiores são as suas chances de desenvolver a fluência da mesma forma que na língua materna. O que não quer dizer que crianças mais velhas não possam adotar o modelo, necessitando apenas passar por um período de adaptação.
Tem mais dúvidas sobre o ensino bilíngue? Manda pra gente nas redes sociais ou no e-mail marketing@pertobilingue.com. Vamos adorar te responder!
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