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Se você trabalha diretamente com algum segmento da Educação Básica, então sabe que lecionar é apenas uma entre as inúmeras atribuições do professor dentro da escola. 

Outras atividades desempenhadas pelo docente quando ele está fora da sala de aula são o planejamento das aulas e das avaliações, correção de atividades e até mesmo a sua formação continuada. Você sabe o que é isso? 

No contexto educacional, podemos entender formação continuada como a capacitação de professores para lidar com os desafios de ensinar para as novas gerações. Te contamos mais sobre este assunto na sequência!

O que é formação continuada de professores e por que investir nela?

Para se tornar professor, todo profissional deve ter uma formação inicial – como uma licenciatura em determinada área de conhecimento ou um curso de pedagogia, por exemplo. 

Mas, nos dias de hoje, será que isso é o suficiente para acompanhar a velocidade das mudanças nos hábitos, comportamentos e forma de aprender das novas gerações? 

Será que o professor graduado há 20 ou 30 anos estaria preparado para utilizar as novas tecnologias educacionais disponíveis no mercado e se conectar com as formas de expressão das crianças e adolescentes – se não estivesse constantemente em busca de atualização? 

Pode apostar que não!

Por esse motivo tem se falado tanto sobre a formação continuada de professores. A partir da formação continuada é que se garante que o docente esteja sempre atualizado em relação às suas práticas pedagógicas e às novas legislações educacionais, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Dentro da escola, criar oportunidades para a capacitação de professores é uma missão essencial do coordenador ou gestor pedagógico. Mas geralmente é um grande desafio conciliar esses momentos com as outras atividades desempenhadas pelo professor e com a sua rotina atribulada na sala de aula.

Então, como equilibrar aulas e capacitação de professores?

A seguir, trouxemos 7 dicas para ajudar a balancear todas essas tarefas na rotina dos docentes. Está pronto? Vamos lá!

1. Defina e acompanhe o cumprimento das horas-atividade

Pela legislação trabalhista, todo professor deve ter uma parcela da sua carga horária reservada para o cumprimento de atividades extraclasse, como o planejamento de aulas, o desenvolvimento e correção de atividades e avaliações e a sua formação continuada. A este tempo, dedicado a trabalhos que acontecem externos à sala de aula, chamamos hora-atividade.

É importante que a escola defina esses momentos tendo em vista o cumprimento da legislação e acompanhe os docentes de perto para garantir que essas definições sejam colocadas em prática.

2. Planeje os momentos de formação no calendário escolar

O primeiro passo para garantir que a capacitação dos professores seja uma prioridade dentro da escola é planejar esses momentos já na hora de construir o calendário escolar do novo ano letivo. Planejando os treinamentos de antemão, você evita que eles sejam deixados de lado na correria do dia a dia e fortalece uma cultura de aprendizagem contínua na sua escola.

Algumas dicas essenciais para identificar as necessidades e planejar as formações para o próximo ano são retomar o Projeto Político Pedagógico (PPP) e pedir aos professores que compartilhem as principais barreiras que encontraram no ano anterior e quais são os treinamentos que eles gostariam de receber.

3. Planeje as capacitações em conjunto com os professores

O planejamento das capacitações tem maior sentido e efetividade quando é feito a várias mãos com o corpo docente da escola. Por isso, na hora de construir os treinamentos, procure envolver os professores para entender quais são os seus reais desafios no dia a dia, e qual o melhor formato de capacitação para cada tipo de necessidade.

Essa prática não só vai ajudar a construir treinamentos melhores, como também vai contribuir para um maior envolvimento dos professores nesse processo, estimulando uma posição de protagonismo em relação à sua própria formação continuada.

4. Inclua diferentes tipos de formação no seu planejamento

Para possibilitar mais flexibilidade na rotina de treinamentos dos seus professores, considere incluir alguns (ou todos) esses tipos de formação no planejamento anual:

  • Treinamentos e cursos individuais (presenciais ou à distância);
  • Eventos de formação em grupo;
  • Grupos de debate;
  • Observação de aulas feedbacks constantes.

5. Aproveite as semanas pedagógicas para formações em grupo

As semanas pedagógicas (que geralmente acontecem no início do ano ou do semestre) são algumas das raras ocasiões em que é possível reunir todo o corpo docente para trocar experiências e planejar as atividades do próximo período.

Aproveite ao máximo essas oportunidades para realizar formações que façam sentido para o coletivo, bem como aquelas que exigem a participação de professores de diferentes áreas – como as discussões referentes à BNCC, por exemplo.

6. Desenvolva planos individuais de formação para cada docente

Também não vale só ficar esperando por uma oportunidade para reunir todos os professores ao mesmo tempo!

Da mesma forma que as necessidades de cada aluno são diferentes, cada professor, na posição de aprendiz, pode evoluir mais plenamente a partir de planos individuais de desenvolvimento.

Por isso, é interessante que o coordenador ou gestor pedagógico se planeje para atender cada um dos docentes individualmente, traçando estratégias de ensino personalizadas.

7. Facilite grupos de debate ao organizar a grade horária

Para favorecer a interação entre professores de áreas relacionadas, mantenha este tópico em mente ao organizar a grade de aulas. Procure planejar os horários para oportunizar encontros entre professores – facilitando o uso dos períodos vagos para a organização de grupos de estudos e o planejamento de atividades multidisciplinares.

Dessa forma, você contribui ainda mais para o fortalecimento da comunidade de aprendizagem e para a construção de práticas pedagógicas realmente relevantes para os alunos.

E, falando em comunidade de aprendizagem, temos uma dica extra para os gestores: 

Não esqueçam de investir também na formação continuada dos outros colaboradores da escola, como secretários, coordenadores, inspetores, monitores… a cultura de aprendizado contínuo é essencial a todos os profissionais da educação!

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